TÍTULO: Assassino do Rei (Saga do Assassino #2)
TÍTULO ORIGINAL: Royal Assassin
AUTOR: Robin Hobb
EDITORA: LeYa
PÁGINAS: 736
Primeiramente chamo atenção de todos que ainda não leram o segundo livro por falta de coragem ou preguiça. Peço que esforcem um pouquinho pois essa está sendo uma das trilogias mais bem feita que já vi e que cada pessoa que já leu tem uma opinião para dar sobre ela, você não quer ter a sua? "Ah mas ela é diferente, muito triste!" e você vai viver só de historinhas felizes? Muitas histórias felizes encontramos por aí, mas te prometo uma coisa, muitas também não conseguem ter o mesmo potencial que essa obra da Robin Hobb a qual conseguiu nos emprestar da sua imaginação algo tão singular e bem trabalhado que vale sim a pena conhecer.
Percebi que é dificil escrever a sinopse de uma continuação de livros como este, que é o segundo de uma trilogia, sendo que desde qualquer coisa que posso falar nas primeiras linhas podem estar cheias de surpresas e spoilers para alguém. (isso quase me levou a pensar em não escrever uma resenha, deixar de lado e dar apenas uma nota no instagram)
Eu sei que tem muita gente metendo o pau alguns comentários negativos por aí sobre como Robin Hobb continuou desenvolvendo a história de Fitz. A vida árdua ainda continua e não sei se posso dizer que só tende a piorar, situações drásticas e perturbadoras em todas as partes podemos encontrar durante a leitura. Suas complicações com a Manha são maiores assim como as complicações amorosas e de estabilidade ali em Torre do Cervo.
Isso não é tudo, eu citei poucas coisas, o pior de tudo que posso dizer é que Majestoso está de uma forma tão odiável quanto no primeiro livro que acabamos descontando no Fitz (pelo menos eu descontei), isso só mostra o potencial da autora para com seus livros com personagens tão bem construídos que são capazes de transmitir muitas emoções para aqueles que estão lendo.
Eu pessoalmente penso que a autora fez um trabalho muito difícil, mais difícil do que a maioria das pessoas pensam. Você que conheceu o Fitz e os outros personagens do nada, sofre junto com ele por causa de suas decisões ou pela vida sofrida, imagina a autora quem foi a criadora desse tão singular personagem? Muito difícil, cada enrascada que o Fitz se encontrava eu parava de ler e me colocava no lugar da Hobb e analisava, “O que posso fazer daqui para frente? O que farei? Analisando todas as possibilidades para dar um próximo passo, qual eu vou escolher?” ela foi tão minuciosa e cuidadosa com seu trabalho que não colocou nenhuma ferramenta "deus ex-machina" para salvar tudo e nem aqueles acontecimentos costumeiros de contos de fadas, ela foi realista com todas as situações. Por isso digo para todos, que é uma história com personagens e situações mais reais/humanas possíveis, cada personagem como se eles realmente tivessem existido com suas essências enraizadas em seus corpos sem sofrerem alterações drásticas como se fosse uma pecinha tosca de um livrinho, todos foram os mesmos e suas ações foram cabíveis, nós aceitamos (pelo menos eu) pois sabemos que eles são assim, desde o começo conhecemos eles assim!
Enquanto eu não sei dizer se essa pode ser uma trilogia preferida, eu definitivamente curti a leitura e achei bem mais emocionante que o livro anterior, com mais ação e evolução da trama e dos personagens. Esse livro foi apenas uma ponte, agora só falta conhecer o que há no final dela, o que posso encontrar do outro lado dela eu não sei, talvez eu goste ou não, fico com pouco de medo pelo fato de as críticas serem bem mais pesadas em relação ao último livro. Eu conheço um monte de gente que tem a impressão de que essa trilogia é puramente lerda e infeliz, mas a verdade é que eu não encontrei nada de ruim nesses elementos que continham nos livros, desde que foram bem trabalhados (tem autores que escrevem histórias rápidas e com tramas boas, mas não bem trabalhadas, não sei se vão me entender).
Assassino do Rei foi uma leitura muito substancial. Houve um grande preenchimento nos personagens, pude conhece-los mais afundo e também houve a expansão de informações dos outros lugares dos Seis Ducados. Eu curti bastante conhecer tão intimamente os personagens como disse antes que não foram nada desperdiçados, Veracidade, quem eu não dava muita importância, comecei a gostar bastante dele no decorrer da leitura. Enfim, o desenvolvimento foi muito maior e a profundidade de tudo ali também. (Veracidade, o Bobo e até mesmo o Rei Sagaz)
Com mais conflitos acerca dos ataques vindos dos Navios Vermelhos as cenas de lutas e batalhas se fazem mais presentes e melhores que as poucas que tiveram no primeiro livro, assim como as intrigas políticas internas que mudaram bastante devido à
Na capa, não encontrei nenhuma conexão daquela imagem com a história, coisa esquisita. Se alguém encontrou, me avisa aqui nos comentários!
Eu imaginei inúmeros finais diferentes para este livro, mas eu me surpreendi com o que a autora criou e fiquei feliz com a decisão, uma decisão bem difícil de saborear qualquer paladar, assim como o resto de toda a história kkk não é para qualquer gosto.
Se você está procurando saber o que acontece com Fitz depois de tudo que aconteceu com ele ali nas Montanhas, e preparado para ver as decisões dele contrariando com as suas como leitor, você pode começar a ler este livro, está melhor que o primeiro e também com uma escrita mais rápida. (eu achei uma leitura bem rápida mesmo, não precisou de “ah depois da metade fica melhor, pq o resto é só lentidão”)
Essa foi uma resenha diferente (eu sei, quase todas são) pelo fato de eu ser obrigado a fazer assim quando não quis colocar spoilers. Espero fazer uma resenha mais completa do próximo livro apontando alguns pontos positivos e negativos da história, o que promete trazer muitos spoilers.
Eu poderia colocar aqui que futuro imagino para o Fitz a partir deste livro, tenho que confessar uma coisa, não imagino nada, não consigo pensar em nada, só tenho certeza de uma coisa, esse terceiro livro vai ter muitas merdas inimagináveis para o Fitz se agora ele não encontrar o caminho da felicidade.
As NOTAS serão divididas em:
Edição – capa, folhas, diagramação, orelhas, etc. 9
(Arte da capa poderia ser melhor. Mas o resto é muito bom, as folhas são grossas e não são brancas, tem orelhas.)
História, Enredo – narração, clichês, foco, originalidade. 10